Mudança nos hábitos de vida são fundamentais para evitar o desenvolvimento do câncer no fígado.
Antes de abordar a prevenção do câncer no fígado, vamos falar sobre sua importância. O fígado é o maior órgão sólido do corpo humano e tem como principais funções processar e armazenar os nutrientes provenientes do intestino e fabricar a bile (responsável por ajudar o intestino a absorver nutrientes), além de produzir proteínas e manter o organismo livre de toxinas.
Trata-se de um órgão com alta capacidade de regeneração, mas que pode adoecer gravemente quando se tem hábitos de vida pouco saudáveis. Dentre eles, podemos citar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, que pode levar ao desenvolvimento da cirrose hepática, uma das principais causas de câncer no fígado. Outros fatores de risco para a doença são: a presença de hepatites B e C e a esteatose hepática não alcoólica, mais conhecida como gordura no fígado.
O câncer de fígado se desenvolve devido a um processo inflamatório crônico causado pelos fatores citados acima. Ele geralmente surge como um nódulo isolado ou como múltiplos nódulos no interior do órgão. De crescimento lento e assintomático, muitas vezes só é diagnosticado quando a doença está em fases mais avançadas, o que dificulta o tratamento. Estimativas apontam que, no Brasil, cerca de 8 mil pessoas por ano são diagnosticadas a doença.
Câncer no fígado
Este tipo de neoplasia é dividido em:
- Primária: quando o tumor se origina no próprio fígado;
- Secundária: quando a doença tem origem em outros órgãos, se dissemina e chega ao fígado. Em geral, os locais mais comuns em que o câncer se originou são o pâncreas, o pulmão, o cólon e o estômago.
Entre os tumores iniciados no fígado, o mais comum é o hepatocarcinoma, que acomete até 90% dos pacientes com a doença e que é bastante agressivo.
Além dele, existem mais três tipos de tumor que afetam o órgão. São eles:
- Colangiocarcinoma: originado nos dutos biliares do fígado;
- Angiossarcoma: mais raro, tem origem nos vasos sanguíneos do fígado;
- Hepatoblastoma: atinge recém-nascidos e crianças nos primeiros anos de vida.
Prevenção do câncer no fígado
A prevenção do câncer no fígado só é possível nos casos em que o tumor é de origem primária, ou seja, teve início no próprio órgão. A cirrose hepática está entre as principais causas que levam ao desenvolvimento dos tumores malignos no fígado, sendo ela associada ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas e à infecção pelas hepatites B e C.
Isso significa que é possível prevenir o câncer no fígado evitando os principais fatores de risco associados à doença. A prevenção consiste em:
- Vacinação para o vírus da hepatite B;
- Evitar o contágio pelos vírus causadores das hepatites B e C;
- Tratamento medicamentoso dos pacientes com hepatite B e C;
- Prevenir e controlar doenças metabólicas, como o diabetes ou o acúmulo de gordura no fígado;
- Evitar o consumo excessivo de álcool;
- Não fazer uso de anabolizantes;
- Manter o peso corporal controlado;
- Praticar regularmente atividades físicas;
- Estar atento à qualidade e armazenamento dos alimentos consumidos;
- Não fumar e evitar o tabagismo passivo.
A alimentação também é um fator importante para a prevenção do câncer no fígado. Por isso, dê preferência por uma dieta com alto teor de fibras, como grãos, cereais, frutas e legumes, e evite o consumo de alimentos que contenham gordura saturada, pois eles estão relacionados ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer que mais desencadeiam metástase para o fígado.
Porém, é preciso cuidado especial com a origem de grãos e cereais. Se armazenados em locais úmidos ou inadequados, podem facilmente ser contaminados pelo fungo Aspergillus flavus, que produz uma substância chamada aflatoxina, conhecida por seu poder cancerígeno, sendo um fator de risco para o hepatocarcinoma.
É possível prevenir o câncer no fígado quando temos uma atenção especial aos nossos hábitos de vida. Porém, caso você apresente algum dos sintomas abaixo, procure um especialista. O diagnóstico precoce é a melhor maneira de ter bons resultados no tratamento da doença.
- Emagrecimento sem causa aparente;
- Perda de apetite;
- Dor na parte superior do abdômen;
- Náusea e vômito;
- Inchaço abdominal;
- Sensação de fraqueza e fadiga;
- Presença de uma massa no abdômen;
- Icterícia (olhos e pele amarelados);
- Fezes brancas.
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Fontes: