Tratamento da metástase hepática deve sempre ser definido considerando cenário global da saúde do paciente, além de visar seu bem-estar. Conheça as abordagens predominantes.As metástases hepáticas ocorrem quando um câncer que teve início em outro órgão se espalha e atinge o fígado. O fígado é um alvo comum de metástases de diferentes tipos de tumores. Os cânceres que se disseminam para o fígado mais frequentemente são os que tem origem no cólon e reto, seguidos pelos de mama, esôfago, estômago, pâncreas, pulmão, rins e melanomas.
As metástases são mais comuns do que cânceres hepáticos primários, que se originam no próprio fígado, e algumas vezes são as primeiras manifestações clínicas de cânceres originados em outros locais. O problema também pode ocorrer após o tratamento do câncer primário, podendo surgir anos depois do tratamento da neoplasia inicial.
A definição do tratamento da metástase hepática deve ser realizada por uma equipe multidisciplinar após uma avaliação detalhada do quadro do paciente e do grau de desenvolvimento da patologia.
Quais os sintomas da metástase hepática?
As metástases hepáticas são, em geral, assintomáticas no início e, posteriormente, apresentam sintomas como:
- Perda de peso, perda de apetite e fraqueza;
- Desconforto ou dor abdominal;
- Inchaço na barriga;
- Náuseas e mal-estar;
- Suor excessivo e febre;
- Icterícia (pele e olhos de cor amarelada).
Tais sintomas devem motivar o paciente, principalmente com quadros prévios de câncer, a buscar auxílio médico. O diagnóstico da metástase hepática pode ser feito por meio de exames de sangue, exames de imagem e biópsia.
Quais os tratamentos da metástase hepática?
Diferentes modalidades terapêuticas podem ser empregadas para o tratamento da metástase hepática. A escolha pelo tratamento mais adequado deve levar em consideração fatores como o tipo de tumor primário, tamanho e quantidade dos tumores metastáticos, estado de saúde geral do paciente e histórico clínico do indivíduo.
O tratamento de um câncer metastático envolve diversas estratégias e especialidades médicas distintas. Por isso, o plano de tratamento deve ser montado por um time de especialistas de diversas áreas, como: oncologista, cirurgião, radiologista, radioterapeuta, cirurgião vascular, e outros.
Cirurgia
O tratamento da metástase hepática por meio de cirurgia permite a remoção dos focos de tumor no fígado. A escolha por essa modalidade terapêutica depende de alguns fatores como o tipo de tumor primário e o número, tamanho e localização dos nódulos no fígado.
A variabilidade na apresentação das metástases hepáticas é muito grande e por isso a operação pode variar da retirada de uma pequena área de fígado a procedimentos extremamente complexos. Esse procedimento cirúrgico em que é realizada a remoção de uma parte do fígado é chamado de hepatectomia.
Nas metástases provenientes de tumores de colón e reto, a cirurgia é frequentemente empregada como tratamento. Fatores de melhor prognóstico são a presença de poucas metástases e de pequeno tamanho, dentre outros. Ainda assim, mesmo em casos mais avançados a cirurgia pode ter papel importante no controle da doença.
Técnicas ablativas
As técnicas ablativas permitem a destruição dos focos de metástases no fígado sem o uso de cirurgia. Uma agulha é inserida através da pele e colocada no interior do tumor. Através dela métodos diferentes de energia serão utilizados para destruir as células cancerígenas (radiofrequência, micro-ondas, congelamento).
É uma modalidade de tratamento importante, muitas vezes utilizada em combinação com a cirurgia ou de forma isolada.
Quimioterapia
A quimioterapia consiste no uso de medicamentos capazes de destruir células tumorais e é uma opção de tratamento da metástase hepática.
Pode ser utilizada com diferentes finalidades, é um tratamento capaz de prolongar a sobrevida dos pacientes quando utilizada de maneira isolada e tem capacidade de reduzir a chance de retorno de um tumor removido cirurgicamente.
As opções de medicamentos disponíveis têm aumentado e o melhor entendimento de aspectos moleculares e genéticos dessa doença trazem resultados promissores para o tratamento dos pacientes.
Radioterapia
A radioterapia também é uma opção para tratamento da metástase hepática, podendo ser utilizada para casos em que o tratamento cirúrgico ou ablativo de leões grandes não é possível.
A definição da estratégia de tratamento da metástase hepática deve sempre considerar o cenário global do paciente e pode envolver a associação de diferentes abordagens para um melhor prognóstico e qualidade de vida do paciente.
Entre em contato e agende sua consulta.
Fonte:
Dr. Iron Pires – Cirurgião do Aparelho Digestivo;