Câncer das vias biliares: prevenção e diagnóstico

Atualizado em: 11/09/2024

Conheça o que é o câncer das vias biliares e também quais são as estratégias de prevenção, fatores de risco, sintomas, diagnóstico e tratamento desse tipo raro de câncer.

 

O câncer das vias biliares, ou colangiocarcinoma, consiste em um tipo raro de tumor maligno que acomete os ductos biliares, canal que transporta a bile entre fígado, vesícula biliar e intestino delgado.

O colangiocarcinoma é um tumor primário, ou seja, tem início nas próprias vias biliares e pode ser classificado como intra-hepático, peri-hilar e distal, de acordo com a localização.

Como todas as demais patologias dessa natureza, o câncer das vias biliares ocorre em decorrência da proliferação celular anormal que leva à formação do tumor maligno.

Como prevenir o câncer das vias biliares?

Não existem orientações oficiais sobre estratégias de prevenção do câncer das vias biliares, entretanto, alguns fatores de risco conhecidos podem ser evitados. Atenção a esses fatores de risco e diagnóstico precoce são os pontos principais para se prevenir de uma situação mais grave.

É sempre indicado buscar orientação médica logo que identifique sintomas como: dor abdominal, febre, fezes claras e urina escurecida, perda de peso sem causa aparente, icterícia e náuseas. O diagnóstico precoce é aliado nos tratamentos oncológicos e  pacientes que fazem parte do grupo de risco para desenvolvimento do câncer das vias biliares devem estar especialmente atentos a isso.

Alguns fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento de câncer das vias biliares são:

  • Doença inflamatória das vias biliares, sendo sua principal representante a colangite esclerosante primária;
  • Alterações congênitas nas vias biliares, como cistos biliares e doença de Caroli;
  • Infecções parasitárias no fígado (mais comum em alguns países asiáticos);
  • Pedra na vesícula e via biliar;
  • Alguns pólipos da vesícula biliar;
  • Infecção pelos vírus das hepatites B e C;
  • Consumo excessivo de bebidas alcóolicas;
  • Cirrose hepática;
  • Exposição a agentes químicos, como o amianto;
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica;
  • Obesidade.

Assim, ainda que não seja possível prevenir o câncer das vias biliares, prevenir a ocorrência de fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a condição é favorável à preservação da saúde.

Como é feito o diagnóstico?

Ao apresentar os sintomas descritos, especialmente se fizer parte do grupo de risco, o paciente deve buscar auxílio médico especializado para realizar exames que permitam identificar o tumor.

Infelizmente, o início do colangiocarcinoma costuma ser silencioso e os sintomas são mais aparentes quando o tumor já obstrui a drenagem das vias biliares, causando icterícia (coloração amarelada da pele e olhos).

O diagnóstico do câncer das vias biliares pode ser realizado por meio de exames de tomografia computadorizada ou ressonância magnética que, além de confirmar a patologia, são usados para orientar o tratamento mais apropriado ao caso.

Tratamento do colangiocarcinoma

A abordagem cirúrgica, sempre que possível, é a principal modalidade de tratamento empregada em casos de câncer das vias biliares. Via de regra, trata-se de operações complexas e o tipo de cirurgia a ser empregado depende de vários fatores como: localização do tumor, tamanho, relação com vasos sanguíneos, entre outros.

Trata-se de uma intervenção complexa e invasiva, mas necessária nos casos desse tipo raro de câncer.

Além da técnica cirúrgica podem ser indicadas terapias associadas, como:

  • Quimioterapia;
  • Radioterapia;
  • Imunoterapia;
  • Terapias loco-regionais;
  • Terapias paliativas.

A definição do tratamento é feita pela equipe multidisciplinar que assiste o paciente e pode incluir oncologista, radiologista intervencionista, gastroenterologista e hepatologista.

Como procurar por um médico especialista?

Dada a complexidade e raridade, o paciente pode se sentir mais seguro com o tratamento ouvindo a opinião de mais de um especialista.

Por se tratar de um tipo raro e agressivo de câncer, o tratamento do colangiocarcinoma por um cirurgião especialista em cirurgia hepatobiliopancreática aliado a uma equipe multiprofissional especializada é fundamental.

Entre em contato e tire suas dúvidas sobre o câncer das vias biliares e outras doenças.

Fontes:

Dr. Iron Pires;

A Beneficência Portuguesa de São Paulo;

A.C. Camargo Cancer Center;

Boston Scientific.

Dr. Iron Pires

CRM: 147920

CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO - RQE Nº: 75353

CIRURGIA GERAL - RQE Nº: 75352

Cirurgião especialista em doenças do fígado, pâncreas e canais biliares; mestre em cirurgia; membro do colégio brasileiro de cirurgia hepato pancreato biliar
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