Tumores Benignos do Fígado

Atualizado em: 11/09/2024

Os tumores benignos do fígado dizem respeito a alguns tipos de lesões sólidas e císticas que podem ser encontradas no órgão. Podem ter diferentes origens celulares e são considerados relativamente comuns tanto em homens quanto em mulheres. Caracterizam-se pela ausência de caráter invasivo. Por mais que não sejam um sinal de câncer, e raramente evoluam para um problema mais grave, este tipo de alteração demanda avaliação especializada para diagnóstico e acompanhamento adequados.

A maioria dos tumores benignos do fígado é assintomática, sendo detectada de maneira acidental quando o paciente realiza uma ultrassonografia ou outro exame de imagem, em função de algum problema de saúde.

Alguns pacientes podem apresentar sintomas como desconforto abdominal, má digestão ou outras alterações que acendem um alerta para a existência de uma doença. Confira a seguir particularidades sobre os tumores benignos do fígado.

O que são os tumores benignos do fígado?

Embora muitas pessoas imediatamente associem o termo ao câncer, nem todo tumor necessariamente representa um diagnóstico da doença. Um tumor benigno difere dos malignos por ser composto de células semelhantes às células normais. Em geral, apresentam crescimento organizado e lento. Eles não possuem capacidade de invadir estruturas vizinhas nem de se espalhar para órgãos distantes.

No caso dos tumores benignos do fígado, qualquer tipo de linhagem celular que compõe o órgão pode dar origem a proliferação anormal, como células hepatocitárias, biliares, endoteliais e mesenquimais. O diagnóstico do tipo exato de nódulo é fundamental para que seja estabelecida a metodologia mais adequada para tratamento e acompanhamento do paciente.

Sintomas e diagnóstico

Em geral, os tumores benignos do fígado são encontrados ao acaso quando o paciente faz exames de rotina ou procura um médico por outro problema de saúde. Como foi explicado, este tipo de alteração geralmente não apresenta sintomas, embora eles possam ocorrer.

Os sintomas, quando ocorrem, costumam ser leves e inespecíficos, como desconforto abdominal, azia, má digestão e náuseas. Em casos raros, de lesões muito grandes, sintomas mais exuberantes podem aparecer.

Exames radiológicos são necessários para confirmar o diagnóstico. Ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética são os mais comumente realizados. A realização de biópsia normalmente não é necessária, a não ser em casos muito específicos.

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Principais tipos de tumores benignos do fígado

Os hemangiomas se destacam como o tipo comum entre os tumores sólidos benignos do fígado, acometendo entre 1% a 5% dos adultos e correspondendo a até 70% de todas as lesões benignas hepáticas. Normalmente são pequenos e assintomáticos, embora possam em alguns casos apresentar grandes dimensões, às vezes atingindo mais que 10 ou 20 centímetros.

É raro que este tipo de tumor apresente qualquer tipo de complicação. Sintomas só costumam estar presentes em lesões grandes. A maioria dos pacientes não irá requerer tratamento. Apenas na presença de sintomatologia muito significativa algum tipo de tratamento deve ser considerado.  Nestes casos, a remoção cirúrgica do hemangioma costuma ser o tratamento padrão.

Outro tipo de tumor benigno do fígado é o adenoma hepático, que ocorre principalmente em mulheres em idade fértil, especialmente aquelas que fazem uso de contraceptivos orais. Este tumor é formado nos hepatócitos, o principal tipo de célula do fígado, geralmente se manifestando com um único nódulo — embora exista a possibilidade de múltiplas nódulos ocorrerem. Apesar de benignos, a depender de algumas características, podem apresentar risco de complicações como sangramento e transformação para câncer.

A hiperplasia nodular focal é também um tipo de lesão benigna do fígado. Pode ser encarada muito mais como um processo regenerativo do fígado do que como um tumor. A presença de sintomas é bastante incomum e não há risco de complicações relacionadas à lesão. Assim como os adenomas, esses tumores benignos do fígado são mais comuns em mulheres, mas não guardam relação como uso de anticoncepcionais.

Cistos hepáticos e outros tumores benignos de fígado

Os cistos hepáticos se diferem dos demais tipos de lesões do fígado porque não são sólidos, mas sim uma estrutura oval preenchida por líquido. A grande maioria dos cistos hepáticos são encontrados ao acaso em exames direcionados para outros fins e têm características que permitem classificá-los como “simples”. Eles não têm nenhum potencial maligno e raramente causam sintomas.

Entretanto, existem outras formas de lesões císticas que podem requerer maior atenção. Os exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia e ressonância, são capazes de diferenciar entre as lesões císticas ditas simples e as complexas.

Existe ainda a possibilidade de o paciente apresentar outros tipos de tumores benignos que ocorrem mais raramente no fígado.

Como é o tratamento?

O tratamento mais adequado para os tumores benignos de fígado depende do tipo de lesão apresentada, bem como de seu tamanho e dos sintomas apresentados pelo paciente. Existem muitos casos em que não é necessária nenhuma abordagem terapêutica, sendo recomendado apenas monitoramento para verificar crescimento e evolução.

O tratamento é indicado em casos muito específicos, quando o tumor apresenta risco de complicação para o paciente ou quando a sintomatologia decorrente da lesão é exuberante. A impossibilidade de diferenciação entre uma lesão benigna ou maligna também pode ser uma indicação para o tratamento.

É necessário que um especialista em cirurgia do aparelho digestivo avalie qual a melhor modalidade terapêutica. Na maioria das vezes, a remoção cirúrgica do tumor será o tratamento indicado. No entanto, outras opções existem e podem ser aplicadas a depender da situação.

Nos casos em que a cirurgia é vista como necessária para garantir a saúde e qualidade de vida do paciente, o procedimento geralmente é eficaz, podendo resolver o problema em definitivo. Para que isso seja possível é fundamental que o paciente seja acompanhado por um cirurgião especializado em cirurgias hepatobiliopancreáticas.

O Dr. Iron Pires é especialista no tratamento das doenças que acometem o fígado, pâncreas e vias biliares, o que inclui os tumores benignos de fígado. Para saber mais a respeito desses tumores, entender os riscos envolvidos e as possibilidades de tratamento, entre em contato e agende uma consulta.

Fontes:

Cirurgião do Aparelho Digestivo – Dr. Iron Pires

Instituto Oncoguia;

EALS;

Instituto Nacional de Câncer — INCA.

 

Dr. Iron Pires

CRM: 147920

CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO - RQE Nº: 75353

CIRURGIA GERAL - RQE Nº: 75352

Cirurgião especialista em doenças do fígado, pâncreas e canais biliares; mestre em cirurgia; membro do colégio brasileiro de cirurgia hepato pancreato biliar

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